O conceito halal e a oportunidade mercadológica também é tema de O Mundo Islâmico

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A segunda palestra do último dia do curso O Mundo Islâmico foi ministrada por Mohamed Hussein El Zoghbi, advogado formado pela Universidade de Mogi das Cruzes e Presidente da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil – FAMBRAS, idealizadora e realizadora do curso. Zoghbi é, também, Diretor Executivo da FAMBRAS Halal, empresa especializada em auditar e supervisionar a produção de alimentos e produtos halal destinados ao consumo de muçulmanos em todo o mundo.

De maneira muito didática, ele explicou aos participantes o conceito halal. “De maneira sucinta, o produto halal é aquele lícito, permitido aos muçulmanos, certificado como produzido dentro dos preceitos islâmicos. Sem essa certificação, alimentos, fármacos, cosméticos ou quaisquer outros produtos não podem ser exportados para os países muçulmanos”, comentou. No Brasil, esse mercado foi iniciado há 36 anos pelo pai do palestrante, o imigrante libanês Hussein Mohamed Zoghbi.

O mercado Halal para os produtores brasileiros, segundo o palestrante, é imenso. 45% da produção exportada brasileira são para o mercado halal – e a tendência é de crescimento, já que 25% da população mundial consomem produtos halal. “O Brasil é o maior importador de carne halal do mundo (entre bovinos e aves). Porém,  halal não é só alimento, muito menos apenas carne. O mercado halal movimenta mais de US$ 2,5 trilhões e é símbolo global de garantia de qualidade e estilo de vida. Por isso, as empresas precisam estar atentas a essa oportunidade e se prepararem, com a ajuda de certificadoras certas, para crescerem no mercado internacional ”, mostrou.

O presidente da FAMBRAS e Diretor Executivo da FAMBRAS Halal contou, ainda, que a entidade pleiteia, junto com órgãos governamentais, a participação do Governo na normatização da certificação halal, de maneira a normatizar o processo. “A diplomacia brasileira tem ajudado a disseminar o conceito halal a partir da disseminação da cultura islâmica. Quando conhecemos as necessidades, os anseios e a cultura do outro, entendemos suas necessidades e nos inserimos em seu contexto, podendo atendê-lo plenamente’, finalizou.

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